quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Composição do meu governo

Todo e qualquer cidadão poderá ser convocado a assumir qualquer cargo em meu futuro governo. Por isso, preparem-se já em relação aos mais diversos assuntos: diplomacia, educação, saúde, telecomunicações, energia e móveis em MDF.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Inscrições abertas para reality show

Estão abertas as inscrições para o meu próprio reality show. Devido à falta de patrocínio (EU TAMBÉM NÃO PEDI... NÃO GOSTO DE INCOMODAR), ele não será televisionado. O formato é o seguinte: participarão celebridades que não merecem ser famosas. Como o reality show não será televisionado, e o período de confinamento será de 10 anos, tais celebridades sairão já anônimas, no completo ostracismo. Pode ser que não seja bom para elas, mas com certeza será bom para o Brasil de forma geral, porque tem celebridades que ninguém merece!! 

Eu vou me tornar o primeiro homem em 2D do Brasil!

Conforme anunciado no mês de ABRIL após aula de GEOMETRIA ANALÍTICA na UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA, compartilho neste blog a notícia de que me mantenho firme em meu objetivo de me tornar o primeiro homem em 2D do Brasil. Eu NÃO ME IDENTIFICO como pertencente ao eixo z. Gostaria de que isso fosse respeitado; considerem-me apenas nos eixos x e y. É assim que prefiro, é assim que exijo tratamento diferencial e integral.

sábado, 9 de agosto de 2025

Projeto de Lei internacional

Projeto de Lei internacional, relativo ao inglês: declarar “Britney” como palavra primitiva (“originária”) e classificar todas as demais palavras terminadas em -ney como derivadas. Assim, -ney torna-se um sufixo da língua inglesa. A ideia é que toda vez que uma palavra terminada em -ney for utilizada, remunerar-se-á a cantora norte-americana Britney Spears por meio de royalties. Atenção: ficam isentos do pagamento de taxas referentes ao uso dessas palavras o cantor de sangue latino Ney Matogrosso e seus parentes de primeiro grau.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Aliança

Coloquei a nossa aliança no dedo anelar da mão direita. Ficou apertada, mas eu não disse nada. Sim, sim, eu mesmo a coloquei: você nem sequer estava aqui. Disse que teria uma reunião de negócios com sua secretária, Kátia, em plena noite de ano-novo. Enviou as alianças para mim via Sedex, e eu te perdoei. Afinal de contas, isso era uma prova de amor. Se você não me amasse, teria escolhido um PAC, e as alianças chegariam apenas no próximo dia útil. 21 dias depois, quando você retornou da sua reunião, alegando ter precisado levar sua secretária para assinar uns documentos em Paris, quis te contar a verdade, mas hesitei. Ah, a aliança estava apertada, mas também ele dizia estar, e temi que, caso eu compartilhasse meu incômodo, ele tivesse que fazer outro empréstimo para negativados em meu nome na Crefisa, só para mandar afrouxar a aliança. Não queria lhe dar mais esse trabalho: após quase um mês na França com sua secretária, assinando documentos e visitando pontos turísticos badaladíssimos, ele devia estar cansado. Doía, mas procurei seguir e conviver com aquela pressão no dedo que já havia se tornado parte de quem eu era. Fiz de tudo para tentar, ao menos, aliviar essa dor. Busquei emagrecer: fiz jejum de 72 horas, tomei todos os shakes da Herbalife vencidos em 2006 que encontrei no fundo do armário da cozinha de mamãe, passei a fumar cigarros paraguaios contrabandeados e me submeti a 3 cirurgias; sendo uma para a retirada da vesícula, outra para a retirada de um dos rins e a última para a retirada das costelas. Cogitei também amputar alguns membros, mas sabia que o lado conservador, preconceituoso e capacitista dele não me aceitaria assim. Por isso, tudo o que tirei foi de dentro. Os dias passavam, e o aperto em meu coração só não era maior do que o aperto no dedo anelar da mão direita. Após hospitalização devido a um árduo jejum de 25 dias, eu estava com apenas 3,76 quilos e, ainda assim, a aliança continuava apertada. Meu dedo estava superinchado. O roxo que se assemelhava ao sangue em minhas fezes tornava-se paulatinamente preto e, se eu batesse o dedo em algum lugar por descuido, ele cairia, subitamente. Como podia isso, meu Deus? Ah, como chorei! Foram noites em claro pensando em como te dizer o que ficava cada vez mais difícil esconder: sim, a aliança ficou apertada. Enquanto eu me aproximava, você, sem olhar uma só vez para mim e sem parar de mexer no celular, franziu a testa e murmurou, baixinho: "Será que a Kátia deixou aqueles contratos confidenciais no motel ontem à noite?" Ah, como me senti culpado. Lá estava ele, pensando em trabalho de novo, na hora de dormir, e eu iria incomodá-lo com um problema tão fútil... Mesmo assim, não via outra saída: era chegada a hora de colocar a situação em pratos limpos.